10 DICAS PARA CUIDAR DE PACIENTES COM ALZHEIMER QUE SE RECUSAM A COMER

pacientes com alzheimer
(HISTORIASCOMVALOR.COM)

Problemas nas refeições de pacientes com Alzheimer e outras demências

10 dicas  que podem ajudar

Vamos falar sobre problemas nas refeições que pacientes com Alzheimer apresentarão em algum estágio mais avançado da doença, que é a resistência à comida nas refeições. À medida que a demência progride fazê-los comer pode vir a ser uma grande dificuldade para o cuidador. (Obs. Não confundir com disfagia, que é a dificuldade de deglutição).

É mais um momento do dia em que o cuidador fica frustrado, confuso e mesmo zangado com o paciente e não raras vezes, triste por sentir-se impotente.

Vamos pensar positivo.

Na realidade, existe uma longa lista de problemas potenciais que fazem com que pacientes com demência, e em especial os de Alzheimer, comam menos. Por outro lado, também há alguns procedimentos que podem ser tentados para ajudar a lidar com este problema ou até mesmo eliminá-lo.

Você sabia que a cor do prato (louça) pode influir?

Em estudos feitos na Universidade de Boston pesquisadores descobriram que pacientes com Alzheimer e outras demências comendo em pratos vermelhos consomem 25% mais alimento do que com pratos brancos. Pratos vermelhos lisos, sem desenhos. Desenhos no fundo podem levá-los a confundir e enxergar algo mais que simples desenho. Recomenda-se também que a toalha da mesa seja de cor neutra e igualmente lisa, isto é, sem desenhos.

Os cuidadores, de modo geral,  sabem que pacientes com Alzheimer ao longo da doença perdem suas referências de espaço e tempo.

Caso de perda de referência espacial, por exemplo, ocorre em pacientes que  param de andar quando vêm uma parede de azulejos brancos. Era como se  enxergassem ali uma cerca impedindo sua passagem. Interessante é que quando se deparam com uma parede de outra cor ou na cor de madeira não têm esta reação, passando por ela tranquilamente.

Assim, graças a essa perda, ao se sentarem à mesa, podem não associar aquela ação à hora da refeição.

De que cor é o prato que você tem usado?

Você tem usado pratos brancos nas refeições de seu paciente? Se sim, experimente usar pratos vermelhos.

10 dicas para ajudar pacientes com Alzheimer nas refeições

1. UTENSÍLIOS. Em algum momento da doença, o paciente poderá ter problemas no manejo correto dos talheres e outros objetos. Nestes casos, experimente oferecer alimentos que possam ser comidos com as mãos, como tiras de frango ou iscas de carne ou peixe, hamburguer, camarões e coisas assim.

2. OLHO NO OLHO. Mantenha o contato olho no olho enquanto ele come. Se possível, sente-se bem em frente ao paciente e sorria. Isto ajudará a manter sua atenção na refeição. Então comece a comer diante dele, sem falar. Muito provavelmente ele seguirá seu gesto. O cuidador terá que ter muita paciência, pois deverá repetir isso a cada refeição.

3. ARRUME OS ALIMENTOS NO PRATO. Se o paciente está relutando em comer, coloque no prato porções menores de poucos itens. Uma ou duas variedades. Além disso, se há algum tipo de comida que o paciente demonstra gostar mais, ponha este preferido num lado do prato e no outro lado, outros itens. De modo que, se ele é destro, coloque o alimento preferido do lado esquerdo e os outros itens do lado direito; assim para localizar o alimento preferido ele passará os olhos sobre os demais, e vice-versa.

4. ELOGIE A COMIDA. É um bom hábito comer junto com o paciente. Se quiser conversar, fale sobre os benefícios e qualidades do prato que está sendo servido. Nada de explicações longas, apenas contando sobre quanto é saudável e está delicioso. Reforço positivo que ajuda. Elogie também o paciente se ele comer direito.

5. CRIE UMA ATMOSFERA POSITIVA ANTES DE COMER. Sirva os pratos cuidadosamente, arranjando os itens de modo agradável, não os coloque de qualquer jeito, displicentemente no prato. Crie uma atmosfera positiva, por exemplo, enquanto prepara a comida, ao levá-lo para a mesa, cante ou toque uma música favorita.

Veja mais dicas

6. SILÊNCIO. Depois que o paciente começa a comer, melhor não falar, pois qualquer coisa pode tirar sua atenção – coisa muito comum nesta doença é ele ficar confuso quando solicitado por várias tarefas ou estímulos simultâneos.

7. OFEREÇA REFEIÇÕES PEQUENAS E MAIS VEZES AO DIA. É sempre melhor fazer refeições pequenas, com pouca comida, e mais vezes ao dia.

8. ESTABELEÇA UMA ROTINA. Crie uma rotina e marque as refeições sempre no mesmo horário. Esta rotina cria nos pacientes de Alzheimer sensação de segurança do que ocorre todos os dias e reduz a ansiedade da incerteza.

9. PERGUNTE E DESCUBRA AS  PREFERÊNCIAS. Procure saber o que o paciente gostava de comer no passado. Que música  gostava de ouvir ou cantar, por exemplo.

10. É HORA DA TROCA DE PAPÉIS. No ciclo da vida a mudança de papéis surge sem perceber. Quando somos jovens, nossos pais cuidam e garantem um crescimento maravilhoso e nos amam incondicionalmente. Quando chegar a nossa vez de sermos pais, somos confrontados com a realidade e temos que cuidar de nossos pais que são incapazes de se cuidarem sozinhos. (Veja vídeo: Troca de papéis)

Em resumo

Não fique frustrado, pense positivo e dê um sorriso na hora da refeição, toque ou cante uma música que o lembre de algum momento feliz no passado. Tente ser flexível e paciente. Pois, paciência significa dar ao paciente bastante tempo para fazer a refeição sem castigá-lo ou culpá-lo por não estar comendo. Eles comeriam se pudessem, portanto procure não se estressar. Também lembre-se que pacientes de Alzheimer se movimentam lentamente e tem um ritmo diferente. Procure se adaptar à velocidade deles.


Veja vídeo – Troca de papéis: “Seu pai idoso recusa a comida …”.


POLÍTICA EDITORIAL

O site TERCEIRA IDADE MELHOR acredita que a educação é a chave para o sucesso no atendimento a pessoas com ALZHEIMER e outras demências. Trabalhamos para garantir que a seleção de recursos e conteúdos sobre IDOSOS, ALZHEIMER e outras demências, aqui publicados contribuam para a conscientização e apoio a famílias e profissionais que se dedicam aos idosos.

Observação: As informações contidas neste site não devem ser usadas como substitutivo para cuidados e aconselhamentos médicos.


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