Por que RELENDO ALZHEIMER?
Há aproximadamente 8 anos começamos a publicar artigos e informações sobre Alzheimer e outras demências. Neste espaço de tempo, temos discorrido sobre diversos aspectos e questões básicas sobre a doença. Esta semana ao vermos no noticiário que uma pesquisa revelou que mais de 80% das pessoas desconhecem os sintomas, resolvemos republicar alguns desses itens, em novos artigos atualizados e republicações, na série – Relendo Alzheimer.
A pesquisa referida foi realizada pela Associação Americana de Alzheimer e mostrou que 4 de cada 5 pessoas, por exemplo, não sabem o que é Comprometimento Cognitivo Leve como também desconhecem os sintomas de ALZHEIMER.
Para começar, surge a pergunta: Toda demência é ALZHEIMER?
TODA A DEMÊNCIA É ALZHEIMER?
Nem toda pessoa que esquece tem demência e nem toda demência é de Alzheimer.
As falhas na memória constituem a queixa cognitiva mais comum em idosos. Aproximadamente 50% deles, relatam dificuldades em lembrar nomes, palavras e número de telefones. E grande maioria não apresenta demência.
As queixas mais comuns de perda de memória em idosos podem ser explicadas pelo:
- Envelhecimento normal, onde a memória não ocasiona prejuízo importante para o paciente, sem interferir com uma vida independente e autônoma.
- Uso de medicamentos, particularmente aqueles que atuam no sistema nervoso central como os tranquilizantes, os soníferos, antidepressivos, drogas para vertigem, entre outros.
- Doenças clinicas como os distúrbios da tireoide, da paratireoide, diminuição da vitamina B12, diminuição do sódio, etc.
- Doenças neurológicas como a doença de Parkinson, o acidente vascular cerebral (AVC).
- Doenças psiquiátricas como a depressão e o transtorno crônico da ansiedade.
A demência de Alzheimer (DA)
Esta é a mais popular, provavelmente porque foi o primeiro descrito há quase cem anos pelo Dr. Alois Alzheimer. Pessoas com DA têm perda de memória progressiva (ou seja, piora com o tempo).
A perda de memória pode ocorrer primeiro em coisas menores, como esquecer algo que foi dito há alguns minutos. À medida que a doença progride, a pessoa esquece como fazer as coisas (chamadas “práxis”) na ordem inversa em que aprendeu.
Normalmente, pessoas aprendem as tarefas na seguinte ordem: engolir, alimentar-se com os dedos, engatinhar, andar, falar, usar utensílios para comer, ir ao banheiro, vestir-se, escovar os dentes, amarrar os sapatos, ler, andar de bicicleta, dirigir, usar um computador, controlar o saldo do talão de cheques e assim por diante. Com a DA, as tarefas são “perdidas” na ordem inversa em que foram aprendidas. Assim, há exemplos de pessoas que eram fluentes em vários idiomas e perderam a capacidade de falar e entender esses idiomas, começando com aquele aprendido mais recentemente.
Há casos de DA que podem ocorrer em indivíduos com menos de 65 anos (DA de início precoce) ou mais tarde na vida (DA de início tardio) em pessoas com 65 anos de idade ou mais.
A DA de início precoce é geralmente de natureza hereditária e os genes podem ser identificados.
A DA de início tardio provavelmente se deve a uma combinação de fator genético e escolhas de estilo de vida.
Nos próximos artigos falaremos sobre os sintomas e características da DA.
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POLÍTICA EDITORIAL: O site TERCEIRA IDADE MELHOR acredita que a educação é a chave para o sucesso no atendimento a pessoas com ALZHEIMER e outras demências. Trabalhamos para garantir que a seleção de recursos e conteúdos sobre IDOSOS, ALZHEIMER e outras demências, aqui publicados contribuam para a conscientização e apoio a famílias e profissionais que se dedicam aos idosos.
Observação: As informações contidas neste site não devem ser usadas como substitutivo de cuidados e aconselhamentos médicos.
Publicado por: Maria Aparecida Griza (CIDA GRIZA) Especialista em Saúde Mental, Psicopatologia e Psicanálise / PUCPR | Especialista em Atenção à Saúde da Pessoa Idosa – Gerontologia / UFSC | Especialista em Rede de Atenção à Saúde da Pessoa com Deficiência / UNESC
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