ESCARAS: O QUE SÃO? COMO PREVENIR E DETECTAR?

O que são escaras?

Escaras, também chamadas de úlceras de pressão ou úlceras de decúbito, são lesões e feridas na pele que surgem como consequência de uma grande pressão aplicada a certas partes do corpo que limita a circulação sanguínea.

Idosos com mobilidade limitada que ficam a maior parte do tempo deitados na cama ou sentados numa poltrona ou em cadeira de rodas, sem mudar de posição, têm grande propensão a desenvolver escaras.

Embora em seu início pareçam feridas simples e inofensivas, as escaras, se não tratadas logo, evoluem rapidamente para infecções mais graves.

Locais comuns das escaras:

  • Escápulas
  • Cóccix
  • Quadris
  • Cotovelos
  • Calcanhares 

Fatores que contribuem para o surgimento de escaras

  1. Falta de movimento
    Idade avançada ou doenças graves podem reduzir a mobilidade de idosos, obrigando-os a permanecer deitados ou sentados por longos períodos de tempo.
  2. Idade avançada
    Com o envelhecimento nossa pele fica mais fina, perde a elasticidade e a resistência, tornando-se mais vulneráveis ​​a feridas.
  3. Má nutrição
    Uma dieta que não contemple alimentos ricos em nutrientes como proteínas, vitaminas e minerais (zinco e potássio), reduz substancialmente a capacidade do organismo de manter a pele saudável e uma boa circulação sanguínea.
  4. Emagrecimento
    idosos com doenças crônicas, muitas vezes emagrecem, devido a perda de apetite, disfagia (dificuldade de engolir) e efeitos colaterais de medicamentos. Isso significa perda de gorduras que servem de proteção contra a pressão em saliências ósseas e consequentemente maior probabilidade de desenvolver escaras.
  5. Fumo
    Além de causar doenças cardíacas e câncer, fumar também aumenta o risco de escaras. O fumo estreita os vasos sanguíneos, dificultando a circulação sanguínea e diminuindo a absorção de oxigênio e nutrientes pelas células.
  6. Incontinência
    A incontinência provoca o contato de bactérias de urina e fezes com a pele do cóccix e do quadril, áreas suscetíveis a lesões.
  7. Comprometimento cognitivo
    Idosos com Alzheimer ou outras demências, devido ao declínio cognitivo, podem ter dificuldade em comunicar sensações de dor e desconforto causadas pela escara em desenvolvimento.

Estágios de escaras

São quatro os estágios principais de escaras, que vão desde sinais iniciais de alerta até deterioração do tecido com risco de vida.

Estágio I
Vermelhidão e descoloração da pele em local de pressão óssea é o primeiro sinal de alerta.

Estágio II
Se não tratada rapidamente, uma escara pode evoluir até o ponto de rompimento da pele e formação de uma úlcera. A área afetada fica sensível e dolorida.

Estágio III
Uma escara no estágio III forma uma cratera profunda que atinge camadas da pele indo até a gordura subcutânea. A redução do fluxo sanguíneo provoca uma decomposição do tecido.

Estágio IV
A escara já progrediu a ponto de a cratera ulcerosa atingir todo o tecido mole e expor o osso. Neste estágio a escara apresenta risco extremamente alto de infecção e pode ser uma condição de risco de vida.

Como descobrir uma escara?

Para ajudar a prevenir e descobrir uma escara em seu início, é recomendável examinar todos os dias as áreas mais suscetíveis; verificar se há partes descoloridas da pele nas protuberâncias ósseas.

Sinais comuns de desenvolvimento de escaras:

  • Mudanças incomuns na cor ou textura da pele
  • Inchaço
  • Secreção semelhante a pus
  • Pele mais fria ou mais quente comparada a outras partes do corpo.

O que fazer se você suspeitar de uma escara

Se você estiver preocupado com uma possível escara, consulte o médico para um exame – as escaras podem se desenvolver e piorar significativamente em poucos dias. 


Texto baseado no artigo publicado em DAILY CARING – link:

https://dailycaring.com/bed-sores-causes-stages-early-detection


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About Cida Griza

. Terapeuta Ocupacional . Especialista em Saúde Mental, Psicopatologia e Psicanálise - PUC/PR . Especialização em Atenção à Saúde do idoso (Gerontologia) - UFSC/SC . Especialista em Rede de Atenção à Saúde de Pessoas com Deficiência - UNESC . Terapeuta Ocupacional responsável pela SEVEN SENSES de Florianópolis . Coordenadora da Abraz-Subregional de Joinville/SC (2002 - 2010) . Professora do curso de pós graduação em Gerontologia - FURB/SC

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