COMO PROGRIDE A DOENÇA DE ALZHEIMER?

Fases da Doença de Alzheimer

A doença de Alzheimer pode durar mais de uma década. Veja quais tipos de comportamentos são comuns em cada uma das fases à medida que a doença progride.

A doença de Alzheimer tende a se desenvolver lentamente e piora gradualmente ao longo de vários anos. A doença de Alzheimer (DA) pode afetar a maioria das áreas do seu cérebro: memória, pensamento, julgamento, linguagem, resolução de problemas, personalidade e movimento.

Para efeitos didáticos, podemos dividir a DA em cinco fases:

  • . Pré-clínica  
  • . Comprometimento cognitivo leve;
  • . Demência leve;
  • . Demência moderada;
  • . Demência grave.

Esclarecendo que demência é um termo usado para descrever um grupo de sintomas que afetam as habilidades intelectuais e sociais com gravidade suficiente para interferir nas funções diárias.

As Cinco Fases

Os cinco estágios do Alzheimer podem ajudá-lo a entender o que pode acontecer, mas é importante saber que esses estágios são apenas generalizações grosseiras. A doença é um processo contínuo. Lembrando também que cada pessoa tem uma experiência diferente com a doença de Alzheimer e seus sintomas.

Fase pré-clínica

A doença de Alzheimer começa muito antes mesmo que qualquer sintoma se torne aparente. Esse estágio é chamado de Fase Pré-clínica da Doença de Alzheimer e geralmente é identificado apenas em ambientes de pesquisa. Nesta fase não serão notados sintomas nem pelo paciente e nem pelas pessoas que o cercam.

Esta fase da doença de Alzheimer pode durar anos, possivelmente até décadas. Embora não se perceba nenhuma mudança, novas tecnologias de imagem já podem identificar depósitos de uma proteína chamada beta-amiloide, que é uma marca registrada da doença de Alzheimer. A capacidade de identificar esses depósitos precoces pode ser especialmente importante para ensaios clínicos e, no futuro, para o desenvolvimento de novos tratamentos.

Fase do Comprometimento Cognitivo Leve (CCL)

Pessoas com comprometimento cognitivo leve (CCL) têm alterações leves na memória e na capacidade de pensamento. Essas mudanças ainda não são significativas o suficiente para afetar o trabalho ou os relacionamentos.

Pessoas com CCL podem ter lapsos de memória quando se trata de informações que geralmente são facilmente lembradas, como conversas, eventos recentes ou compromissos.

Pessoas com CCL também podem ter problemas para julgar a quantidade de tempo necessária para uma tarefa, ou podem ter dificuldade para julgar corretamente o número ou a sequência de etapas necessárias para concluir uma tarefa. A capacidade de tomar decisões acertadas pode começar a se tornar mais difícil para pessoas com CCL.

Nem todo mundo com comprometimento cognitivo leve tem a doença de Alzheimer.

O CCL é frequentemente diagnosticado com base na revisão dos sintomas e no julgamento profissional do médico. Mas, se necessário, os mesmos procedimentos usados para identificar a Fase pré-clínica podem ajudar a determinar se o CCL é devido à doença de Alzheimer ou a alguma outra causa.

Fase Inicial (Demência Leve)

A doença de Alzheimer é frequentemente diagnosticada na fase de demência leve, quando fica claro para a família e os médicos que uma pessoa está tendo problemas significativos com a memória e o pensamento e que começam a afetam as atividades diárias.

Na fase de demência leve, as pessoas podem ter:

  • Perda de memória de eventos recentes. Podem apresentar dificuldade especial para lembrar informações recém-aprendidas e fazer a mesma pergunta repetidamente.
  • Dificuldade com a resolução de problemas, tarefas e julgamentos complexos. Planejar um evento familiar ou controlar o saldo bancário pode tornar-se muito complicado. Muitas pessoas podem ter lapsos de julgamento, como ao tomar decisões financeiras.
  • Mudanças na personalidade. Podem ficar intimidadas ou retraídas – especialmente em situações socialmente desafiadoras – ou mostrar irritabilidade ou raiva incomuns. Também é comum apresentarem baixa motivação para completar tarefas.
  • Dificuldade em organizar e expressar pensamentos. Encontrar as palavras certas para descrever objetos ou expressar ideias com clareza torna-se cada vez mais desafiador.
  • Facilidade de perder objetos ou perder-se. Têm cada vez mais dificuldade em se orientar, mesmo em lugares familiares. Também é comum perderem ou extraviarem coisas, incluindo itens valiosos.

Fase intermediária (Demência moderada)

Durante a fase moderada da demência de Alzheimer, as pessoas ficam mais confusas e esquecidas e começam a precisar de mais ajuda nas atividades diárias e no autocuidado.

Nesta fase da demência de Alzheimer as pessoas podem:

  • Mostrar julgamento cada vez mais pobre e confusão cada vez mais profunda. Os indivíduos perdem a noção de onde estão, do dia da semana ou da estação do ano. Podem confundir membros da família ou amigos íntimos, uns com os outros ou confundir estranhos com familiares.

Eles podem vagar, possivelmente em busca de ambientes que pareçam mais familiares. Essas dificuldades tornam inseguro deixar pessoas nesta fase da demência por conta própria.

  • Têm uma perda de memória ainda maior. As pessoas podem esquecer detalhes de seu histórico pessoal, como endereço ou número de telefone, ou onde frequentaram a escola. Eles repetem histórias favoritas ou inventam histórias para preencher lacunas na memória.
  • Precisar de ajuda em algumas atividades diárias. Pode ser necessária assistência na escolha de roupas adequadas para a ocasião ou para o clima e em tomar banho, arrumar-se, usar o banheiro e outros cuidados pessoais. Alguns indivíduos ocasionalmente perdem o controle da bexiga ou dos movimentos intestinais.
  • Sofrer mudanças significativas na personalidade e no comportamento. Não é incomum durante esta fase moderada que as pessoas desenvolvam suspeitas infundadas – por exemplo, ao se convencerem de que amigos, familiares ou cuidadores profissionais estão lhes roubando algo ou que seu cônjuge está tendo um caso. Outros podem ver ou ouvir coisas que na verdade não estão ali.
  • Sofrer a síndrome do pôr do sol. Os indivíduos muitas vezes ficam inquietos ou agitados, especialmente no final do dia. Algumas pessoas podem ter explosões de comportamento físico agressivo.

Fase Final (Demência grave)

Na fase avançada da doença, chamada demência grave, a função mental continua a declinar e a doença tem um impacto crescente no movimento e nas capacidades físicas.

Nesta fase da DA, as pessoas podem:

  • Perder a capacidade de se comunicar de forma coerente. Não conseguem mais conversar ou falar de maneira que faça sentido, embora possam ocasionalmente dizer palavras ou frases corretas.
  • Requerer assistência diária com cuidados pessoais. Isso inclui assistência total para comer, vestir-se, usar o banheiro e todas as outras tarefas diárias de autocuidado.
  • Experimentar um declínio nas habilidades físicas. Podem tornar-se incapazes de andar sem ajuda e, em seguida, incapazes de sentar ou sustentar a cabeça sem apoio. Os músculos podem tornar-se rígidos e os reflexos anormais. Eventualmente, podem perder a capacidade de engolir e controlar as funções da bexiga e do intestino.

Duração da doença

A taxa de progressão da doença de Alzheimer varia muito. Em média, as pessoas com doença de Alzheimer vivem entre três e 11 anos após o diagnóstico, mas algumas sobrevivem 20 anos ou mais.

Outras comorbidades como doenças vasculares não tratadas (como hipertensão), podem afetar a expectativa de vida, acelerando a progressão da doença de Alzheimer.

A pneumonia é uma causa comum de morte porque a deglutição prejudicada permite que alimentos ou bebidas entrem nos pulmões, iniciando uma infecção pulmonar. Outras causas comuns de morte incluem desidratação, desnutrição, quedas e outras infecções.


Publicado por: Equipe da Clínica Mayo

Artigo original disponível em: clique aqui para ver.


POLÍTICA EDITORIAL: O site TERCEIRA IDADE MELHOR acredita que a educação é a chave para o sucesso no atendimento a pessoas com ALZHEIMER e outras demências. Trabalhamos para garantir que a seleção de recursos e conteúdos sobre IDOSOS, ALZHEIMER e outras demências, aqui publicados contribuam para a conscientização e apoio a famílias e profissionais que se dedicam aos idosos.

Observação: As informações contidas neste site não devem ser usadas como substitutivo de cuidados e aconselhamentos médicos.

Publicado por: Maria Aparecida Griza (CIDA GRIZA) Especialista em Saúde Mental, Psicopatologia e Psicanálise / PUCPR    |     Especialista em Atenção à Saúde da Pessoa Idosa – Gerontologia / UFSC    |    Especialista em Rede de Atenção à Saúde da Pessoa com Deficiência / UNESC   


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