Coisas que uma pessoa com demência gostaria de dizer.

Trabalho com demência há vários anos e vejo que cuidadores e familiares raramente se dão conta de que um portador de demência, na maior parte do tempo, vive um mundo particular e falam de coisas, fatos, sensações, desejos e sentimentos, que para nós são distantes ou irreais. Nossa primeira reação é, normalmente, repreender o paciente, tentar explicar-lhe as  verdades do mundo real e se exasperar com a dificuldade de fazê-lo entender que está fora da realidade atual.

Continue reading

Terapia da Reminiscência

Como as lembranças podem alegrar um paciente de Alzheimer

Fato marcante na doença de Alzheimer é que a perda de memória acontece na ordem reversa, isto é, a memória recente se perde mais do que a memória antiga. A doença de Alzheimer começa no hipotálamo, região do cérebro responsável por colocar experiências na memória. Quando o hipotálamo é danificado, experiências recentes não têm oportunidade de serem gravadas na memória. Assim, à medida que a doença avança, as lembranças de fatos mais antigos vão ficando disponíveis e, progressivamente, aquelas de fatos mais recentes vão se perdendo. Tal fenômeno é responsável por muitos dos comportamentos e sintomas comumente associados à doença e, seus  efeitos precisam ser levados em consideração na hora da comunicação com o paciente e da escolha de suas atividades .

Continue reading

ALZHEIMER: A música como recurso terapêutico

música

Conheça os benefícios e confira as dicas para utilização da música em Alzheimer.


Para as pessoas com ALZHEIMER, a música e as canções tem um significado especial. À medida que a memória a longo prazo é ativada, é restaurado o sentido de identidade; proporciona relaxamento, retorno às boas lembranças e sentimentos de calma e segurança. A música reorienta a pessoa e distrai-a do stress da vida. Pode também ajudar a pessoa a se recuperar de uma depressão.

Continue reading

Como o envelhecimento afeta o foco

Envelhecimento
Idosa e o computador

Como o envelhecimento afeta o foco

Assim como você pode não correr tão rápido ou saltar tão alto quanto quando era adolescente, o poder cognitivo do seu cérebro – ou seja, sua capacidade de aprender, lembrar e resolver problemas – diminui com a idade. Você pode achar mais difícil citar fatos antes familiares ou dividir sua atenção entre duas ou mais atividades ou fontes de informação. Essas mudanças afetam sua capacidade de concentração, e então você pode se distrair mais facilmente do que quando era mais jovem.

Continue reading

COMO A CIÊNCIA EXPLICA QUE NUNCA ESQUECEMOS DE ALGUMAS MÚSICAS.


Marta González, ex-primeira bailarina do New York Ballet nos anos 60, lembrando-se da coreografia de “O Lago dos Cisnes”. A música trouxe à tona uma coreografia que esteve guardada em seu corpo durante anos. (Assista ao vídeo no link ao final do artigo)

A música em nossa vida

A música tem um alto componente emocional em nossa vida, que está relacionado até mesmo ao modo como nossos pais falam conosco quando somos bebês e que perdura mesmo quando uma doença degenerativa nos ataca. Para ter memória, o mundo criou a música. No início das civilizações, os principais saberes de diferentes culturas eram passados de geração em geração através da tradição oral. E essa tradição oral dependia da memória.

Continue reading