5 QUALIDADES PARA SER UM CUIDADOR DE IDOSOS

O que é importante para ser um cuidador

Ser cuidador de idosos traz recompensas, mas certamente é uma das tarefas mais difíceis e árduas no campo da saúde. Independente do tipo de cuidador, familiar ou profissional contratado, todos vivem sob uma carga emocional muito grande. Dentre eles, há os que têm alguma coisa especial que os move no tratamento de pacientes e há aqueles que apenas o fazem pela remuneração. Invariavelmente todos são testados psicologicamente ao limite.

Nem todo mundo é talhado para ser um cuidador. Mas, uma vez dedicado a esta função, existem qualidades e características básicas que fazem a diferença.

Eis aqui 5 qualidades que um bom cuidador precisa ter.

EMPATIA

A empatia talvez seja a característica intrínseca mais importante de um cuidador de idosos.  E como podemos definir empatia? O que é empatia?

Empatia é a capacidade psicológica para sentir o que sentiria uma outra pessoa. Naturalmente há graus diferentes de empatia. Alguns podem ser mais empáticos que outros. Algumas pessoas conseguem se colocar totalmente no lugar do outro. Estes estão mais preparados a prover cuidados  de excelência.

No exercício da empatia a dica é sempre se perguntar – como eu gostaria de ser tratado? como eu gostaria de receber os cuidados?

CONFIANÇA

Lembre-se de que uma pessoa precisa dos seus cuidados porque perdeu algum grau de independência. É possível que já não seja capaz de preparar  suas refeições, ou banhar-se sozinho, ou vestir-se ou ir ao banheiro de modo independente. Imagine os sentimentos de tristeza e frustração de alguém ao precisar de ajuda até mesmo nas mais simples atividades do dia a dia?

É muito complicado perder a independência e mas é muito pior não encontrar alguém confiável para ajudar.

Idosos dependentes em especial, precisam de cuidadores que lhes transmitam confiança.  Embora dependentes, ter alguém em quem confiar pode lhes fazer mais felizes minimizando o sofrimento..

PACIÊNCIA

De modo geral, idosos precisam de apoio e ajuda, porque com o passar dos anos seu corpo não tem mais a mobilidade que costumava ter. Fato que pode ser agravado por problemas físicos que comprometem os movimentos, tornando-os mais difíceis, lentos e dolorosos.

Em certos casos, determinadas partes do corpo perdem a capacidade funcional devido,em doenças como Parkinson, sequelas de AVC ou artrite. E no caso particular de pacientes de Alzheimer, também perdem algumas funções cognitivas, como perda de memória e de capacidade de processar informações.

Estas dificuldades motoras e cognitivas tornam os idosos mais lentos, e os cuidadoresdevem levar isso em consideração, dando lhes um tempo maior nas atividades. Ou seja, paciência é a palavra chave.

Cuidadores impacientes

É comum cuidadores impacientes contribuírem  para acelerar a perda da independência, ao executarem as tarefas pelo idoso. A sociedade moderna é apressada e gosta das coisas feitas a passos rápidos. Mas quando se trata de idosos, uma qualidade de excelência em cuidados está em aceitar o tempo deles.

A boa regra é permitir que o paciente faça as tarefas tanto quanto possível sozinho. Do contrário, estaremos contribuindo para acelerar a perda de capacidades físicas e consequente aumento da dependência. Além disso a pessoa  idosa, pode se sentir diminuída em sua auto estima, fator importante para a percepção da qualidade de vida.

Portanto, embora assistida por você, cuidador de idosos, dê ao paciente tempo bastante para fazer suas atividades, não acelere.

Paciente com Alzheimer, pode repetir uma mesma pergunta ou comentário, várias vezes, num pequeno lapso de tempo. Exercite sua paciência e use de empatia, coloque-se no lugar dele e lembre-se de que ele acredita que é a primeira vez que faz a pergunta. Responda com naturalidade como se efetivamente fosse a primeira vez.

“Altere o foco”

Uma alternativa eficaz para lidar com esta situação é mudar o foco do paciente para outro assunto de interesse, algo do qual goste de falar ou ouvir, uma cena ou evento passado que traga boas sensações, ou um álbum de fotos antigas. Pode ocorrer que o redirecionamento demore um pouco, pois o paciente pode estar com a atenção fixa no assunto anterior. Novamente conduza-o com paciência, dê-lhe tempo.

Se o paciente está chateado e não cooperativo, dê-lhe tempo e espaço, desde que não envolva algum perigo de ferir alguém ou a ele mesmo. Espere uns 15 ou 20 minutos e retome o assunto de modo calmo e gentil. Se a fonte da frustração é uma atividade que ele rejeita e pode ser postergada – faça isso. Deixe para depois. Se for uma tarefa urgente, convença-o da impossibilidade de postergar. .

AUTO CONTROLE

Como já foi dito, o trabalho de cuidar de pacientes com demência é muito difícil. Seja você cuidador de idosos familiar ou profissional haverá dias e momentos em que você se sentirá estar no limite de sua capacidade.

Você pode estar num dia ruim, muito estressado ou de mau humor, porém o  paciente pode estar num dia bom. Estas situações vão exigir de você muita força de vontade e auto controle.

Você precisa ser forte bastante mas quando sentir que está ultrapassando seus limites, também deve saber reconhecer que está precisando de uma folga, deve pedir ajuda para recuperar suas forças.

FLEXIBILIDADE

Cuidadores têm que ser pessoas muito flexíveis. As coisas mudam a cada instante quando se presta cuidados, especialmente a idosos com demência.

Familiares podem ser chamados em casa, repentinamente. A qualquer momento, pode surgir a necessidade de levar o paciente ao médico ou ao hospital, pois as condições de saúde podem se alterar sem aviso prévio e, no caso de idosos com demência, é frequente a ocorrência de alterações de humor e de comportamento.

Para ser cuidador de idosos é preciso estar preparado para se adaptar rápida e constantemente, replanejando as atividades em função dos acontecimentos.

CONCLUSÃO

Há outras qualidades e características importantes e desejáveis para um cuidador de idosos, mas acreditamos serem estas são as 5 preponderantes.  .

Nossos entes queridos, pacientes de demência, merecem nada menos que o melhor, em matéria de cuidados.


Baseado em artigo original de Angil Tarach-Ritchey postado em Alzheimer’s Reading Room


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