Como decidir se ainda é seguro deixar sozinho idoso com Alzheimer nos estágios iniciais?
Há muitas perguntas a considerar ao decidir sobre as perspectivas de deixar um paciente idoso, nos estágios iniciais da demência, sozinho em casa. Por exemplo:
- Ele tenta sair de casa sozinho?
- Tem se machucado ultimamente?
- Precisa de assistência em situação de emergência?
- Esquece o fogão ligado?
A pergunta difícil de responder envolve o cuidador e seu paciente, o idoso querido, que já foi um dia uma pessoa independente. Ambos geralmente discordam, pois é normal que os cuidadores sintam que seu paciente querido não pode ficar sozinho, enquanto ele mesmo ainda acredita que está bem e saudável, o suficiente para ficar sozinho. Pedir conselhos a outros membros da família, profissionais de saúde e outros cuidadores ajudará bastante a determinar a probabilidade de segurança do paciente estar ameaçada quando deixado sozinho.
Algumas questões importantes sobre o paciente, que o cuidador deve considerar na decisão:
- Ele é capaz de ligar para o 193 (Corpo de Bombeiros) ou vizinhos se ocorrer uma emergência?
- Ele consegue distinguir amigos e familiares de estranhos se tiver que atender a porta ou alguém entrar na casa?
- Se estiver com fome, consegue preparar e comer uma refeição sem a ajuda?
- É fácil para ele usar o banheiro sem assistência ou precisa de ajuda o tempo todo?
- Como seu comportamento e temperamento mudam de quando o cuidador sai para quando volta? Ele parece irritado ou assustado ao primeiro sinal de que o cuidador vai sair?
- Em caso de emergência, ele consegue sair de casa e buscar abrigo fora?
- Ele tem consciência de sinais de alarmes de fumaça e ruídos incomuns, que podem desencadear perigo? ou ao contrário ignorará todos esses sinais?
- Tem mostrado propensão de sair sozinho, vagar e se perder facilmente?
- Ele sofre de epilepsia ou falta de ar, situações que podem exigir monitoramento o tempo todo?
- Ele pode ser destrutivo em momentos de estresse e causar danos a si mesmo e à casa?
Dependendo das respostas a essas perguntas, a decisão sobre a possibilidade de deixar o paciente sozinho em casa deve ser bem avaliada.
Em resumo
Se as respostas traduzem uma sensação de insegurança, é recomendável encontrar assistência através de outro familiar ou auxiliar de cuidados domiciliares, que possa ficar com ele enquanto o cuidador está fora. Mas se as respostas às perguntas forem confortáveis, pode=se ainda deixar o paciente sozinho, embora se deva verificar regularmente se estas condições de segurança continuam a existir em situações futuras.
Extraído de artigo ” Can My Family Member with Dementia be Left Alone?” publicado em TODAY’S CAREGIVER. Para ler o artigo original, clique aqui.
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Observação: As informações contidas neste site não devem ser usadas como substitutivo de cuidados e aconselhamentos médicos.
Publicado por: Maria Aparecida Griza (CIDA GRIZA) Especialista em Saúde Mental. Psicopatologia e Psicanálise / PUCPR | Especialista em Atenção à Saúde da Pessoa Idosa – Gerontologia / UFSC | Especialista em Rede de Atenção à Saúde da Pessoa com Deficiência
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