Conheça os benefícios e confira as dicas para utilização da música em Alzheimer.
Para as pessoas com ALZHEIMER, a música e as canções tem um significado especial. À medida que a memória a longo prazo é ativada, é restaurado o sentido de identidade; proporciona relaxamento, retorno às boas lembranças e sentimentos de calma e segurança. A música reorienta a pessoa e distrai-a do stress da vida. Pode também ajudar a pessoa a se recuperar de uma depressão.
AOS CUIDADORES
Eis algumas sugestões sobre como utilizar a música para a pessoa idosa com Alzheimer:
- Ouçam juntos
Arranje tempo para se sentarem e ouvirem música juntos. Este tempo não tem de ser longo. A música torna-se um veículo para a comunicação e oferece oportunidades para partilhar e relaxar. Fazer uma massagem suave nas mãos, ombros ou nos pés pode tornar-se parte de um ritual regular. - Cantem juntos
Utilize CDs ou DVDs de karaokê e cantem juntos. Escolha as músicas favoritas da pessoa com demência. Cante também com a pessoa ao levá-la para o banho e durante outras tarefas do quotidiano. - Movimentem-se e dancem juntos
Tentem se movimentar ao som da música. Posicione-se em frente à pessoa, segure suas mãos, movam-se para um lado e para outro. Dançar juntos é bom, especialmente se a pessoa idosa dançava quando mais jovem. Não tem de ser um dançarino profissional. Movimentar-se em conjunto, de mãos dadas ou tentar posições típicas de danças de salão. - Convide os amigos e façam
uma atuação ao vivo
Ouça outras pessoas a cantar ou a tocar instrumentos, particularmente as crianças. Esta é uma atividade ótima que a pessoa idosa irá apreciar. - Faça uma banda com
utensílios de cozinha
Bata com uma colher de pau numa panela, criando uma música com ritmo. Para aumentar o interesse, compre um pequeno tambor, um conjunto de maracas ou um instrumento de guizos. Pode ser divertido. Se tiver dúvidas sobre como tocar instrumentos de percussão, peça a uma criança para lhe mostrar o quanto pode ser divertido. - Assistam a concertos
Se for apropriado, tente assistir a concertos que a pessoa aprecie.
Sugestões gerais
- Utilize a repetição
Se uma canção estiver alegrando, continue. Repetir é bom! A perda de memória de curto prazo leva a pessoa a apreciar a mesma canção ou música vezes sem conta. A repetição proporciona tranquilidade num mundo que progressivamente vai se tornando mais confuso. - Use a reminiscência
A reminiscência é frequentemente estimulada por uma música específica. Esteja disponível para ouvi-la contar a mesma história inúmeras vezes. - Possibilite escolhas simples
Possibilitar escolhas pode ser muito estimulante para uma pessoa com perda de memória, mas as opções devem ser simples e de respostas objetivas. Por exemplo, proponha a escolher entre duas músicas; dançar ou não; ouvir música ou não. - Leve em conta o humor da
pessoa
Avalie o humor da pessoa nesse dia. Alguns dias são melhores que outros. - Evite demasiada estimulação
Tenha cautela para não fazer a pessoa ficar demasiado estimulada. Sinais de irritação ou agitação podem ser indicadores de estar estimulada em demasia. Nestas situações interrompa. - Esteja atento a possíveis
reações à música
A música pode desencadear respostas emocionais agradáveis ou desagradáveis. A música pode liberar sentimentos que provocam choro e emoções profundas. Observe as reações na pessoa e se necessário, mude o foco. - Escolha músicas familiares
Normalmente, as pessoas relacionam-se melhor com uma música que ouviam quando eram crianças, adolescentes ou mais jovens. Tente identificar qual era a música preferida da pessoa, por exemplo, um hino, uma melodia, uma canção de embalar ou uma música associada a pessoas importantes na sua vida. Tente utilizar e tocar músicas que lembrem as origens culturais e a fatos marcantes da história da pessoa.. A música que é familiar à pessoa idosa pode, com frequência, ser mais eficaz - Relaxem juntos
A música pode promover o relaxamento. Existem muitos tipos de música de relaxamento, como por exemplo os CDs com sons da natureza ou de música clássica, com ritmo lento e regular.
Fonte: Alzheimer Portugal
Publicado por Revista Dignus / 11/08/2021
Artigo original disponível clicando aqui:
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