COMO A NATUREZA PODE AJUDAR UMA PESSOA COM DEMÊNCIA?

4 maneiras para incentivar a pessoa com demência a desfrutar do ar livre.

Quando uma pessoa querida tem demência, é natural que se queira ajudar. Você pode não conseguir controlar a doença, mas pode ajudar a pessoa a se sentir conectado e satisfeito. Uma maneira de fazer isso é sair de casa.

Pesquisas mostram que estar na natureza pode melhorar os sintomas de demência, como depressão e ansiedade. A experiência sensorial de uma brisa no rosto ou o cheiro de flores podem diminuir a agitação.

Além disso, estar ao ar livre geralmente incentiva o exercício, como jardinagem ou caminhada. A atividade física pode melhorar o equilíbrio, a força e a saúde do coração em pessoas com demência. Também pode reduzir a inquietação e até retardar a progressão da doença.

No entanto, para ajudar uma pessoa com demência a desfrutar do ar livre não basta apenas abrir a porta. Alguns cuidados sãos necessários.

Priorize a segurança

Criar um ambiente ao ar livre seguro para uma pessoa com demência é crucial. Alguns cuidados que você pode tomar para tornar seguro o espaço ao ar livre:

– Certifique-se de que o caminho a ser percorrido é largo e nivelado para facilitar o equilíbrio.

– Remova objetos para evitar tropeços, como paus, pedras ou mangueiras.

– Guarde itens perigosos como gasolina, fertilizantes e ferramentas cortantes

– Certifique-se de que a pessoa tenha sapatos confortáveis e bem ajustados.

– Use um dispositivo de rastreamento GPS ou alarme móvel para pessoa que ainda possa caminhar sozinho.

Trabalhe com as limitações

Se a pessoa tiver dificuldade com atividades, como jardinagem ou caminhada, tente algo mais leve. A observação de pássaros e as flores pode ser igualmente benéfica. Simplesmente ser levado para passear numa cadeira de rodas ao ar livre pode promover relaxamento e conversas.

Às vezes, não dá para sair porque o clima está ruim ou a unidade de atendimento não tem recursos para atividades ao ar livre ou ainda porque a pessoa apresenta sintomas físicos como tremores ou rigidez que dificultam o movimento.

Nestes casos, aqui estão algumas maneiras de trazer a natureza para dentro de casa:

– Coloque plantas no quarto da pessoa amada.

– Coloque uma cadeira perto de uma janela, com vista para árvores, pássaros ou o céu.

– Considere pendurar fotos relaxantes da natureza, especialmente de locais que a pessoa gostaria de ver.

– Experimente jardinagem interna.

Atribua atividades de desenvolvimento de habilidades

Manter as habilidades para a vida é outro benefício das atividades ao ar livre. Pessoas com demência podem se concentrar no que ainda podem fazer realizando tarefas simples, mas agradáveis, como:

– Preencher o alimentador de pássaros

– Recolher a correspondência na caixa do correio

– Regar plantas

– Varrer a varanda

Faça com que a atividade seja significativa

Em última análise, a melhor atividade ao ar livre é aquela que a pessoa gosta de fazer. Atividades que oferecem uma oportunidade de relembrar o passado de forma positiva.

Por exemplo, uma pessoa que costumava andar a cavalo pode adorar uma visita a um haras para ver os outros cavalgando. Alguém que era conhecido por cultivar hortas deliciosas pode achar calmante olhar um pé de feijão.

Converse com o médico para encontrar atividades apropriadas. A demência geralmente é uma doença progride ao longo do tempo. Portanto, planeje atividades que atendam às necessidades e desejos da pessoa querida AGORA.


Extraído do artigo “4 ways to help a loved one with dementia enjoy the outdoors” publicado pela Equipe da MAYO CLINIC. Artigo original disponível clicando aqui.



POLÍTICA EDITORIAL: O site TERCEIRA IDADE MELHOR acredita que a educação é a chave para o sucesso no atendimento a pessoas com ALZHEIMER e outras demências. Trabalhamos para garantir que a seleção de recursos e conteúdos sobre IDOSOS, ALZHEIMER e outras demências, aqui publicados contribuam para a conscientização e apoio a famílias e profissionais que se dedicam aos idosos.

Observação: As informações contidas neste site não devem ser usadas como substitutivo de cuidados e aconselhamentos médicos.


Publicado por: Maria Aparecida Griza (CIDA GRIZA)       Especialista em Saúde Mental. Psicopatologia e Psicanálise / PUCPR    |     Especialista em Atenção à Saúde da Pessoa Idosa – Gerontologia / UFSC    |     Especialista em Rede de Atenção à Saúde da Pessoa com Deficiência


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